segunda-feira, 25 de junho de 2012

Viva la putaría!

Se tem uma coisa que nos faz pensar no rumo de nossas vidas é sentar na janela do ônibus, sozinho, sem ninguém pra conversar (ou encher seu saco), e obviamente sem aqueles celulares tocando funk, forró, pagode, axé.. Até porque, nunca vi ninguém pensar em algo mais profundo, enquanto essas porras tocam, do que um "Toca pra mãe, filho da puta!". Mas enfim, voltando a profundidade da janela do ônibus... Eu sempre penso muito. Seja na música que toca no fone, seja na história do livro da vez, ou sobre minha vida e coisas alheias que a complementam. Pois é, hoje notei que tais pensamentos variam facilmente com o que está ocorrendo em minha vida naquele momento. Quando tomei meu último chute no traseiro, consegui montar um texto inteirinho dentro do ônibus. Eu analisei cada uma das pessoas, fitei-as com meu olhar mais horroroso que já existiu, pois com aquelas olheiras estava complicado ser de outro modo. E meu texto falava sobre coração. Óh!, mas quanto amor, e tanta palhaçadinha, não? É, um fora da pessoa que você ama pode ser mais devastador do que se imagina. Mas a tempestade passou, o que foi destruído está sendo reerguido e no ônibus eu sou só alegria. Ops, pequena correção: putaria*. Eu consegui pensar em brincadeiras, perguntas constrangedoras, e até meio que imaginei um gemido de uma pessoa. Diverti-me. Sorri com sinceridade a cada pensamento bizarro que surgia. E então, depois, eu cheguei à magnífica conclusão de que minha felicidade se traduz nas besteiras que eu falo. Quanto mais sério o assunto for, a ideia tiver, pior meu coração e eu estamos.

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