domingo, 29 de julho de 2012

Ela queria o sol.

Lágrimas eram bombeadas no lugar do sangue. Lágrimas no natal, lágrimas no ano novo, lágrimas no carnaval, e lágrimas em dias comuns. Sangue não havia mais. O coração da pobre menina só fazia chorar por meses e meses. Eis que ela decidiu, pela milésima vez, que não se importaria mais. Só esqueceu de avisar para o maior interessado: o coração, que insistia em bater por ele, em chorar por ele, em viver por ele. No fundo, ele, o coração, sempre achou que ele, o indivíduo, fosse voltar a escostar-se nele, para que ele tivesse novamente uma companhia. O coração da menina queria um coração colado à ele, queria pulsar aceleradamente e lentamente, mas na sintonia do outro. Ele queria pulsar ao ouvir a voz da pessoa pelo telefone, ele queria saltar ao ver o outro coração. Mistérios sobre ver, tocar e ouvir que só corações são capazes de desvendar. Mas a menina se recusava a companhia daquele, que na frase "Eu não quero te magoar" já foi o sujeito. E então a cada telefonema, o coração sentia-se como uma criança alegre dentro de um pula pula. Mas a menina, recusava-se a ter aquela sensação boa dentro de si. Não, você não me terá nunca mais! E era com esse pensamento que ela falava cerca de cinco minutos e desligava. Pobre coração. Triste coração. Solitário coração. Ele queria divertir-se mais, ele queria fazer o que sabe fazer melhor: dar o fôlego da vida para quem o possui. Entretanto, ele não conseguiria nunca. Essa vida, de chorar por quem quer outra pessoa, a sua dona não desejava mais. Ela queria um novo amor. Ou nenhum amor. Qual fosse menos dolorido. Qual desse pra ver o sol.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Um teclado, um dedo e um texto.

Um papel, uma caneta e um coração. Uma música, um fone e um sentimento. Uma bola, um gol e uma alegria. Um aluno, um "bom dia" e um sorriso. Uma aula, uma nota e uma decepção. Uma viagem, uma noite e uma vontade. Um celular, uma ligação e um nervoso. Uma roupa, uma falta e um ato. Um blog, um amor e um texto. Uma câmera, uma paisagem e uma liberdade. Um show, uma voz e uma recordação. Um enem, um sonho e uma realidade.  Um curso, uma profissão e uma realização. Uma data, uma lágrima e uma saudade. Um início, um meio e um fim. 

sábado, 21 de julho de 2012

Feliz dia do amigo, sem frescura.

Quando eu tinha 12 anos eu acreditava em amizade eterna. E foi assim até meus 14, quando vieram as primeiras decepções. Há pouquíssimo tempo eu acreditava que perdemos amigos ao longo dos anos, das fases da vida. Hoje sei que não tem que ser assim, será assim se quisermos. Os que importam, ficam. Sempre terá aquele amigo da festa, aquele amigo que é de casa, faz parte da família. Terá amigo que estuda com você pra prova, e terá amigo dizendo "que se foda, hoje tem festa". Terá aquele seu amigo da festa da facul, aquele que vai com você ao cinema e aquele que manda uma mensagem de feliz dia do amigo inesperadamente. Terá aquele 'amigo-peguete', o amigo que paga a conta, e o amigo que fará piadas nerds. Terá aquele amigo que é meio legal, meio viado, meio engraçado, mas completamente amigo. Terá amigo antipático, e amigo 'de boa'. Terá o amigo que dará o ombro, e terá amigo que curte rir da vergonha alheia. Hoje sei que não importa o tipo do amigo, em que situação ele te ajuda, se você ri ou chora ao lado dele. O que importa é que todos eles são necessários. Em níveis diferentes, talvez, mas todos são necessários, pois ninguém é feliz sozinho. Feliz dia do amigo a todos, pois todos tem amigos. Pode ser a mãe, o celular, o cachorro ou o dinheiro. Todos precisam de um amigo.

sábado, 14 de julho de 2012

Uma flor perfumada.

"Hoje meu sorriso tem razão de ser
Hoje nada me deixa triste, enfim.
Pois hoje eu saí, eu fui te ver
E voltei com seu perfume preso em mim. 
Não há no mundo outro perfume com tal poder
De fazer com que me sinta em um imenso jardim
Mas nesse jardim, a única flor é você
Que me faz sorrir que nem bobo assim. 
Hoje quis esquecer todo problema.
Hoje eu não quis resolver nenhum dilema
Que a gente sempre tem por demais 
Hoje só quis escrever um poema
E resolvi escolher como tema
A alegria que você me trás" (EDILSON, João)

Ela é puro êxtase.

Ela está no lugar certo, no ambiente que é pra ela. Ela ri, dança e grita. Ri, canta e bebe. Ela sorri, ri e dá gargalhadas que não permitem que outros durmam. Ela está onde sempre quis,  nos seus melhores sonhos e mais secretos desejos. Ela deveria ter vivido isso antes, teve a chance, mas um outro alguém a fez acreditar que não precisaria daquilo e que ele era dela. Pobre dela. Entretanto, agora ela aproveita. Limpa antes, limpa depois, gasta dinheiro, e não se importa. Ela quer é descobrir os podres dos outros, quer rir da vergonha alheia, e da própria também. Ela quer gargalhar sozinha só de lembrar das frases ditas, das atitudes tomadas, das danças desengonçadas. Ela quer tudo o que tiver. Um pouco de sexo, drogas e rock'n roll. Estando bem, que mal tem, não é mesmo? Esquecer o que passou, se divertir agora e pensar na festa futura. Ela está feliz assim. Ela está esforçando-se para ser feliz assim. E assim será.

sábado, 7 de julho de 2012

Falar de amor é mais.

Falar de amor é mais que recitar poemas de Andrade, ou cantarolar Marisa Monte. Falar de amor é mais que assistir a um romance mela cueca e postar no facebook que é lindo. Falar de amor é mais que dizer que ama no segundo encontro e falar em filhos no quinto. Para falar de amor é preciso, antes de tudo, sentir o amor. Sinta o amor pelo timbre da pessoa, pelo tom de voz, pelas palavras que ela usa. Sinta o amor no olhar, no brilho dele e pra sua direção. Sinta o amor pelo sorriso, pela espontaneidade da gargalhada, pelo fôlego. Falar de amor é notar o clima de uma pessoa com a outra, é fotografar dois idosos sentados juntos, namorando. Falar de amor é abraçar aquele amigo como se fosse o último abraço, é ansiar estar com uma pessoa, aquela pessoa. Falar de amor é falar do sonho que teve. Falar de amor é falar do sonho que tem de ser feliz ao lado do seu amor. Falar de amor é chorar e rir ao pensar em alguém, ao se despedir de alguém. Falar de amor é olhar no fundo dos olhos, reparar em cada detalhe da pele, passear pelo corpo da pessoa sem que o foco seja apenas o prazer, e sim, conhecer. Falar de amor é fazer com que aquela pessoa seja feliz. Falar de amor é desejar que duas pessoas sejam felizes, mesmo que não goste de uma delas. Falar de amor é desejar que duas pessoas sejam felizes, mesmo que queira ser uma delas. Falar de amor é esquecer cor, raça, credo. Falar de amor é lembrar de que o sangue que corre nas nossas veias é igual, que os nossos cérebros são iguais, que eu tenho tanta capacidade quanto o meu vizinho. Falar de amor é respirar fundo, piscar com serenidade e ir.  

terça-feira, 3 de julho de 2012

SAI DE MIM, PORRA!

Um telefonema. Uma suspeita. Um comunicado. Uma espera. Uma expectativa. Um aguarde. Uma ansiedade. Outro telefonema. Uma procura. Outro telefonema. Mais procura. Mais ansiedade. Pele esquentando. Olhos vermelhos. Lágrimas a cair. Respira, respira! Não chora amiga! Mensagens. A volta. Alarme falso. Pele fervendo. Tontura. Lerdeza. Moleza. Banheiro! Ar! Lágrimas desesperadas. Coração em desalinho. Por baixo da roupa: pele muito vermelha. Por quê? Por que, Deus? Banheiro. Sumir! Sumir é uma ótima ideia! Ele é um babaca! Não é justo! Respira, respira! Ouro Preto. Viagem. Noite boa. Noite rara. Maldito! Pra que ligar? Respira! Não chore! Bem, eu estou bem. Água. Esfriar a cabeça. Esfriar a pele. Esfriar esse amor. Esfriar. Não, menina. Não chore! Saia. Suas amigas estão te esperando. Tonta. Não fale, não pergunte. Eu não sei! Olhar vago. Pensamento vago. Dor. Vontade de chorar. Sensação de merda. Coração de merda. Pra que coração? Merda! Chocolate. Chocolate. Terminarei obesa. Foda-se! Chocolate. Chocolate. Amigas. Sorrisos. Lágrimas disfarçadas. Um lixo. Sob controle. Pele menos avermelhada. Rosto menos quente. Frio. Casa. Computador. "Deus me livre e guarde de você!" 

"Um anjo do céu..."


"...Que trouxe pra mim
É a mais bonita, a joia perfeita 
Que é pra eu cuidar 
Que é pra eu amar
(Armandinho)
 
Ah, a música! Esse bem divino, "a joia perfeita" da humanidade,  que é para nós cuidarmos, que é para nós usarmos, que é para notarmos toda a grandeza de suas palavras e o que elas querem nos fazer sentir a cada verso. Todas são as mais bonitas, cada uma com sua melodia, cada uma com seu sentimento, toda música tem sua hora. Desde  um  "Engenheiros do Hawaí" que na minha opinião é para ser ouvido a todo momento, até um "Michel Teló" com "Tudo que eu quero ouvir: eu te amo e open bar". Quem não tem momentos que só quer isso mesmo? Um amor instantâneo e bebida liberada?  E "aquele pagodinho diferente"? Nossa, como é gostoso! 

Para mim é complicado demais falar pois eu absorvo minha energia da música. Com um fone na orelha, melodia nos ouvidos, e a letra na boca eu posso ir até o inferno que estarei protegida. Aliás, eu também rogo a Deus por proteção através da música, bem no estilo "Rita Lee" com "Deus me acompanhe, Deus me ampare, Deus me levante, Deus me dê força". E como não criticar o "nós" atual com um pouco de "Dia do alívio" para os "Forfunáticos"?
Músicas de amor, de incompreensão, de tristeza. Música de paixão, sexo ou putaria. Música como "Cantinho" da nossa incrível Ana Carolina ou música como "Garotos" de Leoni. Música é música, de Nx Zero a Gonzaguinha. Música é arte de Planet Hemp a Agridoce. Música é Maria de Gadu a Rita. Música é Mamonas, Cassia Eller e Tim Maia. Música é vida mesmo na morte. A morte na música não faz acabar, faz eternizar. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ah, Ouro Preto!

 
Eu hoje só tenho a agradecer a Deus por permitir minha ida a Ouro Preto. Aprendi demais com o congresso, uma palestra melhor que a outra, um profissional mais empolgante que o outro. A cada palavra da Ursula Nogueira, eu sabia mais ainda o quanto eu quero saber sobre esportes. Quando eu ouvi a Mirele Carolina e a Cinthia Yumi, alunas da UNESP, contando-nos sobre a Rádio Universitária de lá, nossa, fiquei emocionada, de verdade. As revistas que ganhei feitas por alunos em sala de aula, alunos formandos já dando palestra... muita coisa incrível! Sabe aquela sensação de "É isso que eu quero!" ? Exatamente ela que eu sentia sempre que estava ali, assistindo, aplaudindo, babando. Sentimento de estar caminhando no caminho certo, sentimento de saber o que quer mesmo, sem exageros. 

E aquela cidade? O que é toda aquela beleza? O céu azul, sempre azul, muito azul. Tendo ao meu redor casas antigas preservadas, sentia-me no meio de um cenário de novela das 18h. Aquele sol gélido batendo em minha face fazia-me agradecer a Deus por estar em um lugar encantador por conta do clima, das pessoas, da beleza, da natureza. Com certeza, trago na bagagem, além de uma camisa, lembrancinhas, revistas, folhetos e tudo mais, o palpitar do coração por parte de mim: a Comunicação, o Jornalismo. 
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